Galáxia de 12 bilhões de anos Desafia o que sabemos sobre a infância do universo
Astrônomos identificam galáxia espiral com 12 bilhões de anos — estrutura complexa já existia nos primórdios do cosmos.
A descoberta que virou cabeça para baixo uma teoria do universo
Cientistas anunciaram a descoberta de uma galáxia espiral gigante, batizada de Alaknanda, cuja luz demorou cerca de 12 bilhões de anos para chegar até nós — ou seja: ela existia quando o universo tinha aproximadamente 1,5 bilhão de anos.
O que chamou atenção não foi apenas a idade — mas o fato de Alaknanda parecer uma galáxia madura, com estrutura ordenada: braços espirais bem definidos, núcleo brilhante e formato que lembra muito a nossa própria galáxia, a Via Láctea.
Até então, acreditava-se que nas primeiras eras do universo predominavam galáxias pequenas, irregulares e caóticas — consequência de um cosmos recém-formado, com agitação, fusões, turbulência gravitacional e formação estelar intensa.
Mas Alaknanda contradiz esse “manual clássico” da cosmologia: se galáxias grandes e bem estruturadas já existiam tão cedo, os modelos de formação e evolução galáctica precisam ser revisados.
Confira algumas fotos:


Por que a Descoberta muda a visão sobre a Formação do Cosmos
◼️ Rapidez na formação galáctica
Para que uma galáxia de grande porte e estrutura espiral se formasse em tão pouco tempo após o Big Bang, seria necessário um processo de condensação, acumulação de gás e formação estelar extremamente acelerado — muito mais rápido do que os modelos atuais previam. Isso sugere que o universo jovem era mais eficiente em construir “máquinas cósmicas” do que imaginávamos.
◼️ Organização cósmica precoce
A existência de braços espirais bem definidos aponta para uma estabilidade dinâmica surpreendente tão cedo. Isso implica que as condições necessárias para regularidade — rotação, gravidade, distribuição de massa, estavam presentes muito depois do Big Bang.
◼️ Revisão de modelos teóricos
Os modelos tradicionais postulavam que galáxias jovens seriam caóticas, desorganizadas, do tipo “protogaláxias”. A descoberta de Alaknanda obriga astrônomos a repensar hipóteses sobre quando e como surgiram as primeiras galáxias espirais, e a adaptar simulações com novos parâmetros.
Como foi Feita a Descoberta
A identificação dessa galáxia de “infância precoce” foi possível graças às capacidades modernas de observação astronômica: telescópios potentes, sensores sensíveis ao infravermelho e técnicas que capturam luz emitida há bilhões de anos.
Quando observamos Alaknanda, estamos vendo o universo como ele era há 12 bilhões de anos — ou seja, estamos olhando para o passado em escala cósmica. A luz que agora chega até nós começou sua jornada quando as primeiras estrelas e galáxias emergiam do caos pós-Big Bang.
O que isso Significa para a Humanidade e para a Ciência
- Desafios à cosmologia clássica: muitos dos pressupostos sobre a evolução galáctica devem ser reavaliados.
- Novas janelas para o estudo do universo primitivo: galáxias assim são “fósseis vivos” de como era o cosmos em suas fases iniciais.
- Estimulo à pesquisa astronômica: outras galáxias similares podem existir — redesenhar busca de objetos distantes será prioridade.
- Inspiração para o público: quase 14 bilhões de anos depois do Big Bang, ainda há segredos no cosmos — a descoberta nos lembra de como nosso universo é imenso e surpreendente.
Por fim, a descoberta da galáxia Alaknanda — espiral, estruturada e com cerca de 12 bilhões de anos é muito mais do que um “dado curioso”. É uma reviravolta científica que pode redefinir o entendimento sobre como o universo se formou e evoluiu.
Se antes se imaginava que as galáxias espirais eram frutos de bilhões de anos de evolução, agora sabemos que essa maturidade poderia existir muito antes do esperado.
Para o Teg6 e seus leitores: este é um convite a olhar para o céu noturno e lembrar que o universo vasto, misterioso e antigo continua surpreendendo. A busca pela compreensão cósmica está longe de terminar.
