O controle da temperatura é um dos desafios fundamentais na fabricação de microchips. As soluções tradicionais estão apresentando resultados cada vez menores à medida que entramos na década de 2020. No entanto, a indústria está buscando novas alternativas, como diamantes sintéticos e vidro purificado, para melhorar o desempenho das CPUs.
A Diamond Foundry e a Intel estão enfrentando esse desafio de maneiras diferentes. A Diamond Foundry está produzindo wafers de diamante sintético para uso em microchips de silício. Segundo Martin Roscheisen, esses chips podem funcionar pelo menos duas vezes mais rápido que sua velocidade nominal. Testes em laboratório com uma GPU Nvidia de última geração mostraram um aumento de desempenho de três vezes em relação aos chips convencionais. No entanto, é necessário ter benchmarks publicamente disponíveis para confirmar esses resultados.
Enquanto isso, a Intel está investindo na produção de vidro purificado para substratos, que é o pacote subjacente onde o processador é montado. Essa tecnologia será implementada na segunda metade da década e deve melhorar a eficiência energética e a comunicação entre chips, além de contribuir para o resfriamento.
Os avanços são promissores, mas é importante ressaltar que outras empresas também estão desenvolvendo tecnologias semelhantes, como a Coherent e a Element Six, que oferecem wafers policristalinos e diamantes ainda maiores.
Conforme entramos em uma nova década, essas inovações podem revolucionar a fabricação de chips. Com o uso adequado de diamantes sintéticos e vidro purificado, pode ser possível criar semicondutores que não dependam mais do silício, como prevê Andy Bechtolsheim, cofundador da Sun Microsystems. O futuro dirá o que nos espera!