Rapidus, uma startup fabricante de chips financiada pelo governo japonês pretende iniciar a produção de chips de 2 nm em 2027. A empresa está colaborando com a Universidade de Tóquio e o instituto de pesquisa Leti da França para desenvolver tecnologias de processo de 1 nm – 1,4 nm (1 angstrom – 1,4 angstroms), de acordo com relatos da Nikkei. Esta parceria envolverá inicialmente intercâmbios de pessoal e alguma partilha de investigação fundamenta a partir do próximo ano.
Os termos da suposta colaboração não foram revelados, mas Leti explorará novas estruturas de transistores, enquanto Rapidus e outros parceiros japoneses enviarão cientistas para avaliar e testar protótipos. A Rapidus busca melhorar a eficiência energética e o desempenho em 10% a 20% em comparação com sua atual tecnologia de fabricação de 2 nm. A tecnologia de processo de 1 nm está prevista para ser amplamente adotada na década de 2030, após a adoção de nós de 2 nm, 1,8 nm e 1,4 nm nesta década.
Espera-se que os nós de produção de 1nm e sub-1nm exijam uma nova estrutura de transistor, e vários fabricantes de chips estão prevendo que os transistores de efeito de campo complementares (CFETs) empilhados verticalmente substituirão os FETs de porta completa. Leti e o Leading-Edge Semiconductor Technology Center (LSTC), uma organização japonesa com a Rapidus, a Universidade de Tóquio, o Riken Research Institute e algumas outras universidades nacionais, assinaram um memorando de entendimento para explorar uma parceria em outubro, estabelecendo uma colaboração tecnológica sustentável de longo prazo em semicondutores “durante a próxima década e definindo conjuntamente roteiros de P&D de longo prazo”.
A Rapidus já está envolvida com a IBM e a Imec da Bélgica para iniciar a produção piloto de chips de 2 nm em 2025 e aumentar a produção em alto volume de chips de 2 nm em 2027. A colaboração com Leti não exclui a IBM e Imec de futuras parcerias com Rapidus e LSTC. De fato, as organizações podem se complementar. Esta colaboração com parceiros globais é considerada como mais um passo vital para revitalizar a posição do Japão na indústria de semicondutores.