Modelo de anúncio do Facebook e Instagram infringe DMA, UE afirmou

Modelo de anúncio do Facebook e Instagram infringe DMA, UE afirmou

A União Europeia fez uma acusação formal contra a Meta, alegando violações de seu Digital Markets Act (DMA). Esta é a segunda acusação do tipo contra a empresa em poucas semanas. De acordo com a Comissão Europeia, o modelo de publicidade “pagar ou consentir” introduzido no ano passado para os usuários do Facebook e Instagram conflita com o Artigo 5 (2) do DMA porque não oferece aos usuários uma terceira opção que utilize menos dados para direcionamento de anúncios, mas que ainda seja gratuita.

Os reguladores descobriram, através de sua investigação, que a Meta oferece aos usuários uma “escolha binária”: ou eles pagam uma assinatura mensal para acessar a versão sem anúncios do Facebook e Instagram, ou consentem com o uso da versão suportada por anúncios. O problema, segundo os reguladores, é que a Meta não permite que os usuários optem por uma versão gratuita que “use menos de seus dados pessoais, mas seja equivalente ao serviço baseado em 'anúncios personalizados'”. Além disso, a empresa não permite que os usuários “exerçam seu direito de consentir livremente com a combinação de seus dados pessoais”.

“Nossa opinião preliminar é que o modelo de publicidade da Meta não cumpre a Lei dos Mercados Digitais”, escreveu Margrethe Vestager, chefe da política de concorrência da União Europeia. Ela acrescentou que o objetivo é capacitar os cidadãos para que possam assumir o controle sobre seus próprios dados e escolher uma experiência de anúncios menos personalizada.

A Comissão Europeia explicou quais partes do DMA a Meta violou:

De acordo com o Artigo 5(2) do DMA, os gatekeepers devem buscar o consentimento dos usuários para combinar seus dados pessoais entre serviços de plataforma principais designados e outros serviços. Se um usuário recusar tal consentimento, ele deve ter acesso a uma alternativa menos personalizada, mas equivalente. Os gatekeepers não podem condicionar o uso do serviço ou de certas funcionalidades ao consentimento dos usuários.

Matthew Pollard, porta-voz da Meta, respondeu às acusações afirmando: “A assinatura sem anúncios segue a orientação do mais alto tribunal da Europa e está em conformidade com o DMA”. Pollard acrescentou que a empresa está ansiosa por um diálogo construtivo com a Comissão Europeia para resolver a investigação.

A Comissão Europeia informou a Meta sobre as acusações e a empresa tem a oportunidade de responder às descobertas. Se a Meta for considerada culpada quando a investigação for concluída no próximo ano, a União Europeia poderá multar a empresa em até 10% de sua receita mundial total, que pode chegar a US$ 13,4 bilhões com base nos resultados de 2023. A penalidade pode aumentar para até 20% se a empresa continuar violando o DMA.

A Meta é a segunda empresa acusada desde que o DMA entrou em vigor em março de 2024. Na semana passada, a Comissão Europeia afirmou que as políticas de “direção” da App Store da Apple não permitem concorrência suficiente.

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No contexto da acusação contra a Meta, é importante entender a importância do Digital Markets Act (DMA). Esta legislação foi criada pela União Europeia com o objetivo de regulamentar as atividades das plataformas digitais que possuem influência significativa no mercado. A intenção é garantir um ambiente mais justo e competitivo, oferecendo aos consumidores opções claras e transparentes.

As mudanças no modelo de publicidade da Meta, que agora exigem que os usuários escolham entre pagar por um serviço sem anúncios ou consentir com a coleta de dados para receber anúncios personalizados, desencadearam investigações regulatórias. Os legisladores europeus estão particularmente preocupados com a falta de uma terceira opção, que permitiria aos usuários usar os serviços gratuitamente com coleta de dados reduzida.

Margrethe Vestager, uma figura central na política de concorrência da União Europeia, tem sido uma defensora fervorosa da transparência e dos direitos dos consumidores. Sua opinião preliminar sobre o caso da Meta reflete um compromisso contínuo em assegurar que as grandes plataformas tecnológicas operem de maneira responsável e em conformidade com as regulamentações estabelecidas.

O Artigo 5(2) do DMA é claro ao exigir que os gatekeepers obtenham consentimento explícito dos usuários para combinar dados pessoais entre diferentes serviços. Quando os usuários recusam tal consentimento, eles devem ter alternativas viáveis que respeitem sua privacidade. A falta de conformidade da Meta com essa diretriz central destaca a necessidade de uma supervisão mais rigorosa por parte das autoridades regulatórias.

O porta-voz da Meta, Matthew Pollard, defendeu a empresa, afirmando que a nova opção de assinatura está em conformidade com a jurisprudência do tribunal europeu. A Meta está se preparando para um diálogo com a Comissão Europeia, visando resolver a questão de maneira que ambas as partes possam concordar com os termos.

Se a investigação concluir que a Meta violou o DMA, as consequências financeiras podem ser severas. Multas de até 10% da receita global da empresa demonstram a seriedade com que a União Europeia trata as violações de suas regulamentações de mercado. As penalidades aumentadas para reincidência refletem um esforço para coibir práticas empresariais que desrespeitam as diretrizes de proteção ao consumidor e concorrência justa.

O DMA é uma resposta legislativa ao crescente poder das grandes plataformas digitais e visa equilibrar o campo de jogo para outros atores do mercado. Com a Apple também sendo acusada de práticas anti-competitivas na App Store, está claro que a União Europeia está intensificando sua vigilância sobre as grandes tecnologias para proteger os consumidores e fomentar a inovação.

A Meta e outras grandes plataformas estão enfrentando um novo panorama regulatório onde a conformidade com as políticas de privacidade e concorrência se tornou crucial. As empresas precisam ser proativas em ajustar seus modelos de negócio para atender às exigências legais e evitar sanções severas que possam impactar significantemente suas operações e reputação no mercado.

Além disso, o impacto dessas medidas regulatórias é global. Outras jurisdições monitoram de perto as ações da União Europeia e podem seguir o exemplo, introduzindo regulamentos semelhantes para enfrentar questões de privacidade e monopólio em suas respectivas regiões. O caso contra a Meta é um marco importante na história da regulamentação digital, sinalizando mudanças significativas na dinâmica entre plataformas de grande escala e os consumidores que dependem de seus serviços.

Os consumidores, por sua vez, ganham com essas medidas regulatórias. Ao garantir um ambiente onde suas escolhas e direitos são respeitados, a União Europeia está permitindo que os usuários tenham um papel ativo na determinação de como seus dados pessoais são utilizados e protegidos. Isso aumenta a transparência e a confiança nas plataformas digitais, promovendo um ecossistema digital mais saudável e sustentável.

Em resumo, a acusação contra a Meta sob o DMA ilustra um esforço contínuo e rigoroso da União Europeia para manter a ordem no mercado digital, proteger os direitos dos consumidores e incentivar a concorrência justa. À medida que a investigação continua, as próximas etapas das interações entre a Meta e a Comissão Europeia são aguardadas com grande interesse, não apenas pelos envolvidos diretamente, mas por todo o setor de tecnologia e além.

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