Em uma reviravolta surpreendente e profundamente irônica, os trabalhadores do Proletariat, propriedade da Activision Blizzard, cancelaram sua eleição sindical. Uma declaração do Communication Workers of America confirmou a notícia dizendo que o CEO do Proletariat, Seth Sivak, é o culpado.
“Como muitos fundadores, ele tomou as preocupações dos trabalhadores como um ataque pessoal e realizou uma série de reuniões que desmoralizaram e enfraqueceram o grupo, impossibilitando uma eleição livre e justa”, dizia o comunicado do CWA.
O Proletariat teria sido o terceiro sindicato da Activision Blizzard após o sucesso dos sindicatos iniciados pelo QA no Raven Studios e, mais recentemente, no Blizzard Albany. A proposta sindical do Proletariat foi de particular interesse, pois teria sido o primeiro esforço de sindicalização “de parede a parede” incluindo trabalhadores de vários departamentos.
“Infelizmente, nosso CEO respondeu realizando reuniões que enquadraram a conversa como uma traição pessoal, em vez de respeitar nosso direito de nos unirmos para nos proteger e sentar à mesa, especialmente depois que a Activision Blizzard adquiriu a Proletariat”, disse Dustin Yost, um software engenheiro do Proletariat e membro do comitê organizador da Proletariat Workers Alliance / CWA, no comunicado de imprensa do CWA. “Essas reuniões cobraram seu preço. Embora estejamos retirando nossa petição eleitoral sindical hoje e realmente esperemos que a administração priorize as preocupações que nos levaram a nos organizar, ainda acredito que um sindicato é a melhor maneira de os trabalhadores de nosso setor garantirem que nossas vozes sejam ouvidas”.
The Verge entrou em contato com a Proletariat e a Activision Blizzard para comentar.